Um meia técnico, um armador, um camisa 10. Jadson foi contratado para preencher esse posto no São Paulo. Chegou ao time com o peso de ser o principal reforço para a temporada. Até por isso, o técnico Emerson Leão teve cautela para colocá-lo em campo.
O jogador tinha de justificar o investimento € 3,8 milhões (R$ 8,6 milhões) mais 30% dos direitos econômicos de Wellington para repatriá-lo. Jadson até teve noites de maestro, mas a sinfonia não manteve a afinação tão esperada. Por isso, o meia foi cobrado pelo comandante do espetáculo.
– O Jadson vai ter de se readaptar ao futebol brasileiro um pouco mais rápido. Ele alterna 45 minutos bons e ruins. Às vezes brilha mais, às vezes fica ofuscado. A exigência em cima dele não era muita, mas já estamos conversando – disse o técnico Emerson Leão.
Depois de passar sete temporadas no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, Jadson quis voltar ao Brasil e acertou com o Tricolor. Ele conquistou rapidamente o status de titular, mas demorou a mostrar uma apresentação de gala.
Em sua quinta partida pelo São Paulo, diante do Bragantino, Jadson desencantou. De pênalti, ele fez seu primeiro gol e, enfim, assumiu o posto de maestro tricolor. Só que no duelo seguinte, justamente contra o rival Palmeiras, o meia travou e foi sacado para a entrada de Fernandinho ao término do primeiro tempo.
Leão já encontrou motivo para a irregularidade do camisa 10. O técnico acredita que o jogador não se acostumou com as mudanças no futebol brasileiro.
– Para alguns atletas, a readaptação demora mais. Ele é um jogador técnico, e sabe seu potencial. Há sete anos, havia mais espaço, menos exigência e mais jogadores técnicos como ele. Agora, tem mais correria, mais marcação e menos atletas técnicos.
Fonte: Globo Esporte
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