terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Desequilíbrio: apesar de ataque em alta, fase da zaga preocupa o Tricolor

A arrancada inicial do São Paulo nesta temporada teve ritmo de gol. Só que tanto prós, quanto contras. Os atacantes estão fazendo sua parte. Sai um, entra outro e o time do Morumbi não para de balançar a rede dos adversários. O problema é que a defesa não está correspondendo.



Os zagueiros sofrem, principalmente com a bola aérea. Os jogadores tentam achar explicação para tamanho desequilíbrio entre os setores ofensivos e defensivos, mas está difícil encontrar motivo para tantos desencontros no setor.

– Fico até triste por conta desses erros, mas não adianta apontar culpado. É falha geral. Todo mundo tem culpa. A marcação começa lá da frente. Estamos buscando um equilíbrio para sair com um bom resultado – tenta explicar o lateral-esquerdo Bruno Cortez.

Com Willian José puxando o bloco dos artilheiros tricolores, o time do Morumbi já marcou 23 vezes nos dez primeiros jogos do ano. O ataque do São Paulo é o segundo melhor do Paulistão – fica atrás apenas do santista, que fez dois a mais. É o quarto melhor inicio de temporada do setor nos últimos dez anos. Mesmo assim, os resultados não estão agradando, já que sete desses gols só foram anotados quando a equipe estava em desvantagem.

– Nosso time é muito ofensivo. Por isso, está sujeito a tudo. Estamos conversando para acertar isso e, assim, parar de ficar correndo atrás do resultado – disse Cortez.

Se a fase é boa no ataque, o mesmo não pode ser dito para a defesa. Com 14 gols sofridos até agora, a zaga são-paulina está longe de ser uma das piores do estadual. No entanto, o time do Morumbi tem tradição em formar defesas eficazes, o que já faz o atual setor ser o pior dos últimos dez anos.

O técnico Emerson Leão já tentou marcação individual, por zona, mista, e nada. O comandante tricolor até colocou nas mãos dos defensores a decisão sobre qual sistema o time adotaria. Mesmo assim, os erros persistem.

– O Leão conversa comigo e com o Piris para só subir para apoiar o ataque na hora certa. Não adianta querer sair e deixar um buraco atrás – disse Cortez.

Com ou sem os laterais na grande área, os desencontros são frequentes e impedem o São Paulo de brigar pela liderança do Paulistão. O time até arrancou na dianteira, mas perdeu força e está atualmente no sexto posto, algo que já está incomodando.

– Nosso objetivo é sempre o de brigar para ficar entre os quatro melhores, não apenas para estar no G-8. Estamos montando um time para isso. Mas o Leão conversa muito conosco sobre isso. Sabemos a responsabilidade que temos – diz Cortez.

Para atrapalhar ainda mais a busca pelo equilíbrio ideal, o São Paulo tem sofrido com os desfalques. Se não são as lesões, as suspensões impedem Leão de repetir a escalação de seu time, algo que o técnico só fez da primeira para a segunda rodada do estadual. Por conta do gancho de dois jogos de Willian José, o treinador, mais uma vez, não poderá manter, contra o Guaratinguetá, nesta quinta-feira, o time que empatou por 3 a 3 com o Palmeiras – o Tricolor ainda tenta efeito suspensivo para o atacante poder entrar em campo contra o Guará.

– A importância de repetir a escalação é grande. Isso pode trazer equilíbrio e entrosamento para formar um grupo forte e se preparar para a próxima frase do Paulistão – disse Cortez.

Para manter o clima ameno no time do Morumbi, porém, esse equilíbrio tem de chegar antes da fase de mata-mata do estadual.

Fonte: Globo Esporte

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